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Como católicos, podemos participar de rituais ou comer doces de São Cosme e Damião?

Na Igreja, muitos santos são estigmatizados pelo misticismo devido ao choque de culturas. Nada contra outras culturas, mas é sempre muito bom lembrar a verdadeira origem dos fatos. Muitos de nossos santos são cultuados também no candomblé e em outras religiões, mas a história é bem diferente.

Na época da escravatura no Brasil, os escravos africanos criaram uma maneira criativa e inteligente de enganar os senhores de Engenho. Invocavam seus deuses Orixá, Oxalá, Ogum como São Sebastião, São Jorge e Jesus, e os negros bantos identificaram Cosme e Damião como os orixás Ibejis em um sincretismo religioso. E fizeram o mesmo com outros santos também, como São Jorge, Santa Bárbara entre outros. O sincretismo religioso é um fenômeno que consiste na absorção de influências de um sistema de crenças por outro.

Os negros bantos identificaram Cosme e Damião como os Ibejis: divindades gêmeas, sendo costumeiramente sincretizadas aos santos gêmeos católicos [Cosme e Damião]. A grande cerimônia dedicada a Ibeji acontece, no dia 27 de setembro, quando comidas como caruru, vatapá, bolinhos, doces, balas (associadas às crianças, portanto) são oferecidas tanto a eles como aos frequentadores dos terreiros. Para nós, católicos, este é o dia de São Vicente de Paulo. Por isso, há o costume de distribuir doces e comidas às crianças no dia 27, que também foi um costume introduzido pelo candomblé.

Podemos comer doces de São Cosme e Damião?

É uma tradição brasileira distribuir doces em honra a São Cosme e São Damião. Entretanto, grande parte desses doces são consagrados em rituais antes da distribuição, pois a origem dessa tradição, como explicamos, é proveniente das religiões africanas. Portanto, o mais recomendado é aconselharem seus filhos a não pegarem doces de desconhecidos.

Algumas paróquias distribuem como ato de caridade, relembrando assim a forte caridade dos irmãos santos. Nesse caso é lícito. Mas todo cuidado é pouco.

Aos que aderem a prática de distribuição dos doces, recomendamos que não o façam por superstição, mas sim por caridade simples e pura, e tenham a consciência de advertir que os doces não foram consagrados, como acontece em religiões africanas

Enfim, a recomendação portanto é que nós católicos que não participemos de tais rituais de quaisquer outras religiões, uma vez que isso é proibido pela própria igreja, ou mesmo façam o consumo de tais comidas que possam ser consagradas em outras religiões.

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