PAIXÃO DE CRISTO – Scott Hahn medita sobre o Domingo de Ramos
“O que está escrito a respeito de Mim, está chegando ao seu cumprimento”, diz Jesus no Evangelho de hoje (Lucas 22,37).
De fato, alcançamos o clímax do ano litúrgico, o mais alto cume na história da salvação, quando se deve realizar tudo o que foi anunciado e prometido.
No final do longo Evangelho de hoje, a obra de nossa redenção terá sido cumprida, e a nova aliança escrita com o sangue do Seu corpo humilhado, pendido de uma cruz, num lugar denominado Caveira.
Em sua Paixão, Jesus foi “contado entre os iníquos”, como Isaías profetizou (Isaías 53,12). Ele é revelado, definitivamente, como o Servo Sofredor anunciado pelo profeta, o tão esperado Messias, cujas palavras de obediência e fé ressoam na primeira leitura e no Salmo de hoje.
Os insultos e tormentos que ouvimos nestas duas leituras pontuam o Evangelho, enquanto Jesus é espancado e escarnecido (Lucas 22, 63-65; 23, 10-11, 16); enquanto Suas mãos e pés são perfurados (Lucas 23,33 ); enquanto os inimigos disputam Suas roupas (Lucas 23, 34); e enquanto, por três vezes, eles O desafiam a provar Sua divindade, salvando-se a Si mesmo do sofrimento (Lucas 23, 35, 37, 39).
Jesus permanece fiel à vontade de Deus até o fim, não abdicando de Sua provação. Entrega-Se livremente aos seus torturadores, com a confiança que aparece na primeira leitura de hoje: “O Senhor Deus é meu socorro… Não serei envergonhado.”
Destinados ao pecado e à morte, como filhos da desobediência de Adão, nós fomos libertos para a santidade e a Vida por intermédio da perfeita obediência de Cristo à vontade do Pai (Romanos 5, 12-14, 17-19; Efésios 2, 2; 5, 6) .
É por isso que Deus o exaltou grandemente. É por isso que temos a salvação em Seu nome. Seguindo Seu exemplo de humilde obediência, nas provações e cruzes de nossas vidas, sabemos que nunca seremos abandonados; que um dia também estaremos com Ele no Paraíso (Lucas 23, 42). É ver e acreditar.
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